A mudança provocada pela revolução da tecnologia da informação não afetou somente a forma como nos comunicamos. Hoje, além da facilidade proporcionada pela tecnologia, podemos ser muito mais exigentes e muito mais instruídos antes, durante e depois do processo de compra.
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.”
Essa frase de Leon C. Megginson traduz perfeitamente o momento que vivemos na economia atual. Quando se trata de inovação e implantação de novos conceitos, não há uma receita certa, e toda tentativa legal é válida para se tornar aquele mais apto às mudanças.
Nos últimos 5 anos temos visto uma onda de inovação partindo das gigantes do comércio e do fast sales no mundo todo. Muitas companhias que eram vistas como pontos estáticos já não são mais vistas em Shoppings e Alamedas. As mudanças que vemos hoje fazem parte da quarta grande onda do varejo. A primeira, foi a das lojas familiares de bairro. Depois, vieram as vendas por catálogo, como a Sears. Os gigantes do comércio que ofereciam preços extremamente baixos, como a Walmart, foram a onda seguinte. Agora, a Amazon é a protagonista da transformação digital, afirma Shawn Mishra, vice-presidentes de produtos e recursos da Cognizant, consultoria em tecnologia.
Qual é o dever da sua organização quando falamos na próxima onda de inovação do varejo? Você deve fechar as portas e cair de cabeça no e-commerce? Não, não é isso que estamos dizendo. Mas um dos caminhos, pode ser iniciado pela junção inteligente das duas faces do comércio moderno. “A cada onda de inovação as empresas que não se atualizaram para o novo mercado acabaram morrendo. Agora, a velocidade das mudanças é muito maior” disse Eco Moliterno, diretor de criatividade da Accenture Brasil.
O post de hoje é diretamente voltado à essa 4ª Onda de Inovação no Varejo e como a sua empresa pode se atualizar sem perder a essência que deram norte às suas decisões até hoje, vamos às 5 Tendências do Varejo para os Próximos Anos e como algumas empresas já estão obtendo sucesso aproveitando algumas delas.
1. Criar espaços de imersão das marcas
Transformar os pontos físicos em um ponto de contato do consumidor com a marca, fazendo da loja física um espaço para amantes da marca em questão, além de ser um grande apoio para as vendas online.
A capacidade de criar ambientes que levam experiências de imersão a história da marca e aos seus conceitos é algo valioso para construir uma boa estratégia de marketing. Um exemplo dessa tendência é o projeto que fizemos para o Showroom da Fila em São Paulo.
O consumidor ao adentrar no showroom já começa a absorver a trajetória da Fila passando pela área Heritage, uma linha da marca que traz o conceito “vintage”, toda a ambientação é voltada para esse conceito, a madeira presente nos painéis, o couro presente na poltrona e o baú de madeira de lei, posicionado de forma a valorizar os produtos.
Em sequência o showroom apresenta painéis autoportantes com sistema de rodízio, que são como paredes flexíveis, permitindo a criação de ambientes de lançamentos, apresentações, tornando o espaço para diversos usos e experiências da marca; são organizados em planta no sentido horizontal, quebrando a linha vertical natural do espaço e criando corredores que setorizam as categorias.
2. Omnichannel
Uma tendência do varejo que se trata da convergência de todos os canais utilizados por uma empresa, criando a possibilidade que o consumidor não veja a diferença entre o online e o offline.
No Brasil, o Magazine Luiza pretende ser “uma empresa digital com pontos físicos”. Hoje as vendas online são responsáveis por 22,5% de todo o faturamento da companhia. Lmbrando que essa mudança de posicionamento começou a menos de 10 anos na empresa com a “Magalú”, uma personagem criada pela empresa para ilustrar o nome “Luiza” da gigante varejista. Hoje a personagem é uma assistente virtual que auxilia sua jornada de compra no Facebook da empresa e no site da companhia.
O omnichannel integra lojas físicas, virtuais e consumidores. Um grande exemplo dessa mesma eficiência está no Starbucks. Como todos sabemos, o Starbucks é famoso por duas coisas: seu café e sobremesas deliciosos e pelas filas enormes.
Qual foi a grande mudança então? Simples, integrar a experiência de compra por um aplicativo, onde o consumidor consegue escolher seu pedido e pagar, e por fim só passar para retirar na loja. O que isso representa de benéfico? Uma considerável diminuição nas filas de espera pelos pedidos e um aumento percentual de 7% no total de vendas nos Estados Unidos.
3. Usar as mídias sociais a seu favor!
Todos usamos as mídias sociais. Essa tendência se repete no varejo: os seus clientes estão nas mídias sociais, e sua interação com a marca pode ser potencializada com este ponto de contato entre a marca e seus consumidores.
Nas lojas mais tradicionais, os únicos dados que as empresas tinham dos seus consumidores eram os números de vendas e em alguns casos, seus números de telefone. Mas estes dados não davam com exatidão o que estava ao redor no momento de compra.
Porém, com o avanço das redes sociais e da internet, é perfeitamente possível conhecer o cliente por inteiro em praticamente todos os momentos do dia. Claudia Sciama, diretora de varejo do Google Brasil, acredita que é indispensável saber quem é o seu consumidor, onde ele está e quais são seus gostos.
A colaboração com blogueiros e influencers, uso de hashtags e a criação de espaços que sejam utilizados como cenários pelos consumidores tirar fotos e postarem em suas redes sociais são ideias que podem ser aplicadas em seu negócio.
No projeto da Almaria Plus em São Paulo, um conceito da Engage VM, como uma proposta interativa e empoderadora, foram criados espaços visuais e instagramáveis. Os tons rosas da marca e a iluminação neon criam um ambiente fashion onde as clientes podem fotografar e postar seus looks em tempo real usando o wi-fi livre que a loja oferece. Para completar a experiência, a loja também conta com um espaço de peças mais vestidas, e outro dedicado às sugestões de influenciadoras convidadas pela marca.
Para atender melhor o público, entre diversas reuniões com blogueiras plus-size, conseguimos entender as vontades e necessidades das consumidoras. Atendendo às dificuldades das clientes, área de sugestões de blogueiras e especialistas em plus size, provadores bem grandes e iluminados, além dos corredores e escadas largos compõem o espaço, que ao todo tem 250m2, dois andares e um café.
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